https://public-rf-upload.minhawebradio.net/1920/slider/5419a459722fc67303e35d3f89877060.png
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/1920/slider/de515759ecdc11022cfde9aec8e5cac7.png
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/1920/slider/5b6598579a2662241c221e2b12fefe0c.png
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/1920/slider/710192bd30d4a7512f774879748d4967.png
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/1920/slider/50315a0b166b2c2c6128f26d7b835465.png
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/1920/slider/abcf3fef24082fe1dadf2c1c4ed2088b.png
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/1920/slider/9bd89182f1c54d82ebf72130a3461930.png
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/1920/slider/6ab6c0a1404276dceb84cb3a24a0e7a3.png
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/1920/slider/4c926fab317f9e764a320c6cea145617.png
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/1920/slider/53bc9c4d0e1ed70b44427b034513e655.png
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/1920/slider/5b2dd0150f713a94c3f9536e0a2c6cd6.png
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/1920/slider/cd3953af445fdc96448791c44eb6c0b1.png
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/1920/slider/b51481c5ad7b1ed8acdec7d17b6ff18c.png
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/1920/slider/b2bef599e2c0e618be10810eecb1e301.png
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/1920/slider/1ab4dfacf5980e90333273e96412066d.png
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/1920/slider/e186188a7163e894d1d47e352efe0ba8.png
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/1920/slider/7afcdebdb43444a92b879788cea3c904.png
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/1920/slider/bfbb739cc473c3d2dda92341d53c4e82.png
Fotos mostram superlotação em hospitais referência da Olimpíada
20/07/2016 10:46 em Brasil

Fotos mostram superlotação em hospitais referência da Olimpíada

Cremerj diz que locais não têm condições de receber novas internações. Secretaria diz que relatório é superficial e 'desvinculado da realidade'.

O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) vistoriou os cinco hospitais municipais que serão referência na Olimpíada Rio 2016. De 5 a 11 de julho, os fiscais estiveram nos hospitais Souza Aguiar, Salgado Filho, Miguel Couto, Albert Schweitzer e Lourenço Jorge. Em todas as unidades, os médicos afirmam que os locais não possuem condições de absorver novas internações. Eles destacaram o alto número de pacientes internados de maneira improvisada. A Secretaria Municipal de Saúde nega (veja a nota no fim da reportagem).

No Hospital Souza Aguiar, no Centro, unidade de referência para a área do Maracanã, os fiscais do Cremerj contam que a sala de emergência, destinada a adultos com média e alta gravidade, estava superlotada.

Na sala de emergência pediátrica também não havia leitos livres, segundo o relatório. Alguns pacientes estavam internados, de forma improvisada, em cadeiras, poltronas e macas de transporte na emergência. A fiscalização foi em 5 de julho.

Os fiscais também identificaram a falta de alguns medicamentos e de equipamentos para monitorar o estado de saúde de pacientes em estado grave.

Na vistoria no Hospital Salgado Filho, no Méier, vistoriado em 7 de julho, os fiscais encontraram superlotação e pacientes graves internados em unidades intermediárias, como mostrou o G1. Além disso, os médicos também encontraram pessoas internadas nos corredores e medicamentos fora do prazo de validade.

No Hospital Miguel Couto, no Leblon, também fiscalizado em 7 de julho, os profissionais do Cremerj encontraram salas de emergências destinadas a pacientes adultos de média e alta gravidade apresentavam ocupação acima de sua capacidade. O Centro de Terapia Intensiva (CTI) e a Unidade Coronariana (UCO) estavam com todos os leitos ocupados.

Na Coordenação de Emergência Regional (CER) Leblon, unidade anexa ao Miguel Couto, a sala de emergência para pacientes adultos de média gravidade estava superlotada. Havia cinco pacientes com condições de alta no CTI, que não puderam ser transferidos para a clínica médica por falta de leitos. Os médicos que participaram da fiscalização também ressaltaram a falta de equipamentos para o monitoramento do estado de saúde de pacientes graves.

Escala desfalcada

Segundo o Cremerj, o Hospital Lourenço Jorge, que é referência para os eventos que acontecerão na Barra da Tijuca, não conta com atendimento de urgência e emergência em neurocirurgia, sendo necessário o transporte do paciente até o Hospital Municipal Miguel Couto para ser avaliado. A unidade foi fiscalizada em 8 de julho.

Ainda segundo os médicos, as salas de emergência destinadas a pacientes adultos com média e alta gravidade estavam superlotadas; três pacientes estavam internados no corredor da emergência; unidade semi-intensiva estava desativada por conta da falta de pessoal; faltavam médicos também no CTI e equipamentos para atenção aos pacientes graves; e o aparelho de endoscopia digestiva estava quebrado havia mais de seis meses.

No Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, fiscalizado dia 11 de julho, o Cremerj também encontrou superlotação. De acordo com o que foi informado aos fiscais, houve redução da equipe médica plantonista em todas as especialidades. 

Os médicos destacaram a falta de profissionais no CTI adulto e, durante a fiscalização, havia apenas um pediatra de plantão. O setor de emergência está em obras e a sala de trauma contava com tapumes e espaço considerado insuficiente entre os leitos. O local conta com dois pacientes sob custódia judicial.

Relatório gera controvérsia

O vice-presidente do Cremerj, Nelson Nahom, afirma que os profissionais do Cremerj chegaram a levar o relatório com os apontamentos sobre o parecer a entidade sobre os cinco hospitais municipais da cidade para o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, mas afirma que foram acusados de estarem elaborando um parecer político.

“Pedimos a reunião há 30 dias, ele que relutava em marcar. Não foi uma atitude polícia, a nossa visão é técnica. A realidade é que a situação da saúde do Rio é muito ruim”, explicou Nahom.

Resposta prefeitura

Procurada pelo G1, a Secretaria Municipal de Saúde questionou a versão do Cremerj e disse que só foi procurada 11 dias após a divulgação do relatório.

O órgão afirmou que trabalha em parceria com o Ministério da Saúde, a Secretaria Estadual de Saúde, a Empresa Olímpica e o Comitê Rio 2016 há quatro anos em um plano de operação para a Olimpíada, com mais de 1,5 mil profissionais envolvidos, sem a contribuição do Cremerj e, por isso, questiona o plano do conselho.

Ainda segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o relatório do Cremerj seria superficial e desvinculado da atual realidade do sistema público de saúde.

Crédito: G1 Globo

COMENTÁRIOS