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Análise: substituição ousada de Bauza faz São Paulo ficar perdido em campo
18/02/2016 08:33 em Esporte

Análise: substituição ousada de Bauza faz São Paulo ficar perdido em campo

Troca de volante por atacante, normalmente reverenciada pela torcida, bagunça time treinado desde início da pré-temporada e cria buraco enorme no meio-campo tricolor

Hudson por Calleri. Quando um técnico tira um volante e põe um atacante, a torcida costuma gostar. Soa ofensivo, corajoso, transmite certo inconformismo com o resultado. Mas nem sempre é benéfico ao time. Na quarta-feira, especialmente, a substituição de Edgardo Bauza no intervalo da partida contra o The Strongest foi um desastre para o São Paulo: bonitinha, mas muito, muito ordinária – o time boliviano venceu por 1 a 0, no Pacaembu, na abertura do Grupo 1 da Taça Libertadores da América.

Até o fim do primeiro tempo, o Tricolor era um resumo daquilo que havia demonstrado em 2016. Tinha atitude, postura de quem queria vencer, apresentava problemas individuais e coletivos de definição, alternava bons e maus momentos, mas era um time. Tinha cara de time e sabia o que queria.

O rompante de coragem do Patón quando Hudson saiu, com incômodo na coxa, custou caro. Não que o gol boliviano tenha sido uma consequência da alteração, já que saiu numa jogada ensaiada, mas o segundo tempo retratou os piores 45 minutos do São Paulo sob o comando do técnico argentino.

A explicação é simples. Pela primeira vez, ele alterou radicalmente o que vem fazendo desde o dia 6 de janeiro. Taticamente, o São Paulo é tão bem definido que anda na linha tênue entre a organização e a previsibilidade: 4-2-3-1 com os mesmos jogadores de sempre, mas calcado na passagem de seus laterais e nas triangulações dos meias com os homens de lado.

Com um atacante no lugar de um volante, a ideia era recuar Thiago Mendes para primeiro homem de meio, Ganso para segundo, abrir ainda mais Michel Bastos e Centurión, e deixar Calleri e Alan Kardec centralizados. O esquema não mudaria. A prática contrariou a teoria.

Bagunçado, o São Paulo virou um 4-1-buraco-3-2. Thiago Mendes cumpriu a ordem de se fixar à frente da linha defensiva, mas em péssima atuação técnica, confuso a ponto de levar uma bronca de Mena, que pediu sua projeção à frente para poder fazer o passe. Ganso ficou num meio termo, entre as funções de recuar para receber a bola como volante, ou transitar na linha de três, entre Michel Bastos e Centurión (depois Rogério).

Ganso, justiça seja feita, foi o melhor jogador brasileiro em campo. Só os seus passes eram capazes de quebrar a marcação adversária. O time não o acompanhou.

Nesse buraco, por várias vezes, os jogadores abriam braços, pediam opções. A subida dos laterais, arma deste Tricolor-2016, também ficou prejudicada. Mena e Bruno encontravam uma parede, já que o excesso ofensivo abriu homens de frente e bloqueou o acesso de quem vinha de trás.

No primeiro tempo, as melhores chances criadas pelo São Paulo, aquelas nas quais o time brasileiro envolveu o The Strongest, tiveram Thiago Mendes transpondo as linhas de marcação boliviana em velocidade. Ainda que estivesse numa noite muito ruim, o volante exercia esse papel. Por isso, se Hudson – bem no jogo – precisasse mesmo sair, Wesley seria a melhor opção. Era preciso insistir sem perder a tal organização que tanto se prega.

Além da substituição bonitinha, mas ordinária, já passou da hora também do Patón calcular os efeitos da manutenção de Centurión na equipe. Protagonista de um lance constrangedor no primeiro tempo, quando recebeu um presente do goleiro e não soube o que fazer, o argentino não justifica tamanha insistência em sua escalação. Há jogadores melhores no banco.

Nas próximas semanas, haverá um hiato sem Libertadores – o próximo jogo será no dia 10 de março –, então Bauza poderá testar alternativas para que o São Paulo não seja refém de um só esquema ou de um ou outro jogador. Com mais lógica do que ousadia gratuita.

Crédito: Globo Esporte

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